domingo, 27 de dezembro de 2015

Por que os melhores líderes têm convicção?

A convicção é um traço incrivelmente valioso nos líderes e, ainda assim, cada vez mais raro. Os líderes convictos são uma espécie em extinção porque nossos cérebros estão programados para reagir às incertezas com medo. Com o aumento da incerteza, o sistema límbico (responsável pelas emoções) assume o controle cerebral, e esse processo gera ansiedade e pânico.
Essa peculiaridade do cérebro funcionava muito bem eras atrás, quando os homens das cavernas desbravavam zonas desconhecidas e não sabiam quem ou o que os esperava pelo caminho. O excesso de cautela e medo garantia a sobrevivência, mas hoje a situação é outra. Como não evoluiu, esse mecanismo é um obstáculo no atual contexto dos negócios. Nesse novo cenário a incerteza é uma constante, e é necessário tomar decisões importantes todos os dias com o mínimo de informação.

O desejo da certeza

Nós desejamos ter a certeza. Nossos cérebros são tão mecanizados para a certeza que o subconsciente pode monitorar e armazenar mais de dois milhões de dados, todos usados pelo cérebro para prever o futuro. Essa função não é algo meramente complementar: trata-se do objetivo principal do neocórtex, que compõe 76% da massa total do cérebro.
Nossos cérebros nos recompensam pela certeza. Se nossos ancestrais nômades se preocupavam com o local onde buscar sua próxima refeição, resolver esse problema resultaria em altos níveis de dopamina no cérebro, além da saciedade do estômago. Você tem a mesma sensação quando ouve uma música com um padrão previsível de repetição ou quando termina de montar um quebra-cabeça. Atividades previsíveis satisfazem nosso desejo de certeza.

Uma grande liderança requer convicção

Nos ambiente de negócios, tudo muda tão rapidamente que as pessoas não sabem ao certo o que vai acontecer no próximo mês, e muito menos no próximo ano. A incerteza exige muita energia mental e, consequentemente, as pessoas ficam menos eficazes no trabalho.
O cérebro percebe a incerteza como uma ameaça, o que provoca a liberação de cortisol, um hormônio do estresse que perturba a memória, debilita o sistema imunológico e aumenta o risco de pressão alta e depressão. Nenhum líder quer que sua equipe passe por isso.
Líderes convictos proporcionam um ambiente de segurança para todos. Quando um líder está absolutamente convencido de ter escolhido o melhor curso de ação, todos que o seguem absorvem inconscientemente essa convicção e o estado emocional gerado por ela. Os responsáveis por essa resposta involuntária são os neurônios-espelho. Eles refletem o estado emocional de outras pessoas, principalmente o das pessoas a quem recorremos quando precisamos de orientação, e isso explica nosso conforto ao lidarmos com líderes convictos.
Os líderes convictos nos mostram que o futuro é certo, e que todos estamos seguindo a direção certa, e essa convicção é neurologicamente compartilhada por todos.
Quando os líderes têm convicção, o cérebro das outras pessoas pode relaxar e, digamos, se concentrar no que precisa ser feito. Quando as pessoas se sentem mais seguras em relação ao futuro, elas ficam mais felizes e fornecem um trabalho de melhor qualidade.
Um líder que consegue demonstrar convicção terá mais sucesso, e consequentemente todos com quem ele trabalha serão bem-sucedidos. Ampliar seu senso de convicção é mais fácil do que você imagina. Para comprovar isso, veja os traços a seguir que marcam líderes com grande convicção.
Eles são fortes (e não severos). A força é uma qualidade importante em um líder com convicção. Antes de decidir confiar em uma liderança, as pessoas vão esperar para ver se o líder é forte. Elas precisam investir a coragem no líder. Elas precisam de alguém que possa tomar decisões difíceis e prezar pelo bem do grupo. Elas precisam de um líder que as oriente quando houver dificuldades. As pessoas ficam muito mais propensas a mostrar sua própria força quando o líder faz o mesmo, mas vários líderes confundem força com dominação, controle e severidade. De alguma forma, eles acham que assumir o controle e pressionar as pessoas vai inspirar um público fiel. Força não é algo a se impor às pessoas, mas sim algo que se conquista demonstrando-a ocasionalmente diante das adversidades. Só assim as pessoas confiarão o bastante para seguir você como líder.
Elas sabem quando confiar nesse instinto. Nossos ancestrais confiavam na intuição (no instinto) para sobreviver. Como muitos de nós deixaram de enfrentar decisões de vida ou morte todos os dias, temos que aprender a usar esse instinto para benefício próprio. Muitas vezes cometemos o erro de não seguir nosso próprio instinto, ou vamos longe demais na direção contrária e impulsivamente nos dedicamos a uma situação, confundindo pressupostos com instintos. Os líderes convictos reconhecem e abraçam o poder de seus instintos, além de contarem com algumas estratégias comprovadas para fazer isso com sucesso:
Eles reconhecem seus próprios filtros. Eles conseguem identificar quando estão sendo excessivamente influenciados pelas próprias suposições e emoções ou pela opinião de outras pessoas. Sua capacidade de descartar as sensações que não são intuitivas os ajuda a se concentrar.
Eles confiam na intuição, e o instinto é algo que não se pode forçar. Nossa intuição funciona melhor quando não estamos nos cobrando uma solução. Albert Einstein disse que tinha suas melhores ideias enquanto navegava; quando Steve Jobs era desafiado por um problema difícil, ele saía para caminhar.
Ambos deixaram um legado. Os líderes convictos sabem investir tempo na prática da intuição. Eles começam ouvindo seus instintos para as pequenas atividades e vendo como se saem. Aos poucos, eles aprendem se podem ou não confiar quando surge algum desafio maior.
Além disso, eles são implacavelmente positivos. Os líderes convictos veem um futuro mais brilhante com muita clareza, e eles têm energia e entusiasmo para garantir que todos também o vejam. Sua certeza nos bons resultados é contagiante. Embora possa parecer natural, os líderes convictos sabem como acionar a positividade diante das complicações. Os pensamentos positivos silenciam o medo e os pensamentos irracionais concentrando a atenção do cérebro em algo totalmente livre de estresse. Quando tudo vai bem e o clima é bom, fazer isso é relativamente fácil. No entanto, quando você se estressa para tomar uma decisão difícil e sua mente é invadida por pensamentos negativos, isso pode ser desafiador. Os líderes convictos aprimoram essa habilidade.
Eles estão confiantes (e não arrogantes). Somos atraídos pelos líderes confiantes porque a confiança deles nos contagia e nos ajuda a acreditar que muitas coisas boas estão por vir. Como líder, o truque é nunca misturar sua confiança com arrogância e petulância. Ser confiante é ter paixão e acreditar na sua capacidade de realização. No entanto, quando sua confiança perde o contato com a realidade, você começa a achar que pode realizar o impossível e que pode ter feito coisas que você não fez. E de repente, o problema está em você. O resultado dessa arrogância é a perda de credibilidade.
Líderes confiantes também são humildes. Eles não deixam que a posição de autoridade e as realizações pessoais os façam sentir-se melhores do que os outros. Como isso, eles não hesitam em fazer o trabalho sujo quando necessário nem pedem que seus subordinados façam qualquer tarefa que eles mesmos não fariam.
Eles aceitam o que não podem controlar. Todos nós gostamos de estar no controle. Afinal, as pessoas que se sentem à mercê de quem as cerca nunca vão muito longe na vida. Porém, esse desejo de controle pode ser prejudicial quando você interpreta tudo o que não pode controlar ou tudo que é desconhecido como um fracasso pessoal. Os líderes convictos não têm medo de reconhecer o que está fora do controle. Sua convicção vem de uma crença inabalável na capacidade de controlar o que está ao seu alcance. Eles não imaginam a situação como melhor ou pior do que ela é, mas analisam os fatos como eles realmente são, sabendo que o único fator que realmente está sob controle é o processo pelo qual tomam suas decisões. Essa é a única maneira racional de lidar com o desconhecido e a melhor forma de manter os pés no chão.
Eles são modelos de comportamento (não pregadores). Líderes convictos inspiram confiança e admiração por meio de ações, e não apenas de discursos. Muitos líderes falam que algo é importante para eles, mas líderes convictos demonstram essa importância todos os dias por meio da prática. Falar incansavelmente sobre o comportamento que você quer ver nas pessoas tem muito menos impacto do que demonstrar esse comportamento em suas atitudes.
Eles são emocionalmente inteligentes. O sistema límbico (responsável pelas emoções no cérebro) responde à incerteza com uma reação instintiva de medo, e o medo inibe a capacidade de tomar boas decisões. Os líderes convictos sabem se precaver contra esse medo e o inibem assim que ele começa a surgir. Com isso, eles podem contê-lo antes de perderem o controle. Depois de estarem cientes do medo, eles rotulam todos os pensamentos irracionais que tentam intensificar como medos irracionais ­(irreais)­, e o medo desaparece. Depois disso, eles conseguem se concentrar com mais precisão e racionalidade nas informações que têm em mãos. Durante esse processo, eles devem se lembrar de que uma parte primitiva do cérebro está tentando assumir o controle, enquanto a parte lógica precisa estar no comando. Em outras palavras, eles pedem que o sistema límbico se acalme e aquiete até que o problema coloque as garras de fora.
Eles não hesitam. Hesitações e questionamentos duvidosos aumentam ainda mais o estresse e a preocupação, e seu pensamento não deve dar espaço a isso, pois você já estabeleceu bons planos de contingência. A situação pode seguir em um milhão de direções diferentes, e quanto mais tempo você desperdiça se preocupando com as possibilidades, menos tempo você tem para se concentrar nas ações que o acalmam e mantém o estresse sob controle. Líderes convictos sabem que as hesitações só os levarão a lugares que eles não querem ou não precisam ir.
Eles estão dispostos a se sacrificar pela equipe. Os líderes convictos farão de tudo pela equipe e, aconteça o que acontecer, eles a protegerão. Eles não tentam transferir a culpa nem deixam de reconhecer suas próprias falhas. Eles nunca têm medo de cortar o mal pela raiz e ganham a confiança das pessoas por meio da proteção que oferecem. Os líderes convictos se mostram dispostos a receber desafios, críticas e pontos de vista diferentes dos seus. Eles sabem que um ambiente em que as pessoas têm medo de falar, dar opiniões e fazer boas perguntas está fadado ao fracasso.
Conclusões
A convicção faz as pessoas perceberem que o trabalho delas é importante. Elas sabem que, se concentrarem toda a energia e a atenção em uma determinada direção, haverá bons resultados. Acreditar nisso faz mais do que deixar as pessoas à vontade: trata-se de criar uma profecia pessoal e realizável de sucesso.
Você já trabalhou para um líder convicto? Ele despertou o que há de melhor em você? Compartilhe suas opiniões na seção de comentários abaixo para que eu também aprenda com você, assim como você aprendeu comigo.
SOBRE O AUTOR:
Dr. Travis Bradberry é o coautor premiado do bestseller Emotional Intelligence 2.0 (Inteligência Emocional 2.0) e cofundador da TalentSmart, maior provedora do mundo de testes e treinamento de inteligência emocial,  atuando em mais de 75% das empresas da Fortune 500. Seus livros mais vendidos foram traduzidos para 25 idiomas e estão disponíveis em mais de 150 países. Dr. Bradberry já fez publicações ou escreveu para vários canais, como Newsweek, TIME, BusinessWeek, Fortune, Forbes, Fast Company, Inc., USA Today, The Wall Street Journal, The Washington Post e The Harvard Business Review.

domingo, 29 de novembro de 2015

Recife e PE decretam estado de emergência devido ao Aedes aegypti

Casos confirmados de dengue foram de 6.573 ano passado para 119.646.
Com decretos, estado e prefeitura podem contratar serviços sem licitação.


Governador Paulo Câmara assinou decreto de emergência devido a casos de dengue, chikungya e zika no estado (Foto: Aluisio Moreira/SEI)

Governador Paulo Câmara assinou decreto de emergência devido a casos de dengue, chikungya e zika no estado 

O governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Julio assinaram neste domingo (29) decretos de emergência em Pernambuco e no Recife devido às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti - dengue, chikungunya e zika vírus. As três tiveram um grande aumento no estado neste ano. Os decretos vêm no dia seguinte à confirmação do Ministério da Saúde da relação entre o zika virus e o surto de microcefalia  na região Nordeste – Pernambuco é o estado com mais casos de microcefalia do país, com  487 notificações.

Os decretos valem a partir da terça (1º), quando serão publicados no Diário Oficial, e duram 180 dias. Os representantes do poder estadual e municipal apontam que há uma epidemia de dengue, chikungunya e zika, esta última relacionada aos casos de microcefalia, em andamento, daí a necessidade de intervir.
Com o decreto de emergência, o estado e o município podem contratar serviços com dispensa de licitação e servidores temporários enquanto durar o estado de emergência, além de poder convocar mais facilmente servidores de outras secretarias para auxiliarem nos serviços necessários.
As secretarias municipal e estadual de Saúde vão ser responsáveis por coordenar os trabalhos de combate ao mosquito e à proliferação das doenças. "Vamos fazer tudo o que for necessário, no âmbito do governo do estado,  para que o quadro de 2014 e 2015 não se repita em 2016. Precisamos da união do poder público e da sociedade civil", apontou Paulo Câmara.
O número de casos de dengue cresceu neste ano. Até o dia 14 de novembro, foram notificados 119.646 ocorrências em todo o estado, enquanto no mesmo período no ano passado foram 17.702 notificações. O número de casos confirmados foi de 42.781 este ano, enquanto em 2014 foram 6.573 neste mesmo período.
O Recife é a cidade com maior números de notificações do estado, segundo o último boletim divulgado. Ao todo, foram 25.219 casos, o que representa um aumento de 838,2% no número de notificações – foram 2.688 no mesmo período de 2014. A cidade conta ainda 15.168 casos confirmados de dengue até o dia 14 de novembro, 20 vezes mais que os 693 casos do ano anterior.
No último sábado (28), a capital pernambucana iniciou um mutirão de combate ao mosquito. Na última sexta (27), após uma reunião do prefeito Geraldo Julio com todo o secretariado, foi anunciado que todas as secretarias municipais vão colaborar com o mutirão, seja com utilização de pessoal ou de equipamentos e carros pertencentes ao poder público.

Com o decreto, a força tarefa anunciada pelo governo municipal ganha mais força. "O poder público não pode medir esforços diante de uma situação dessa gravidade. Vamos fazer tudo aquilo que estiver ao nosso alcance e trazer a população para enfrentarmos juntos essa luta", afirmou o prefeito Geraldo Julio.
FONTE: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2015/11/recife-e-pe-decretam-estado-de-emergencia-devido-ao-aedes-aegypt.html  
Data29/11/2015 13h55 - Atualizado em 29/11/2015 16h04


















terça-feira, 13 de outubro de 2015

SABMiller aceita oferta de compra da AB InBev por US$ 109 bilhões

Juntas, empresas produzem cerca de um terço da cerveja mundial.
Com a compra bilionária, a AB InBev abre caminho na África.


SABMiller é a segunda maior cervejaria do mundo e dona de marcas como Miller, Peroni (Foto: AP)
SABMiller é a segunda maior cervejaria do mundo e dona de marcas como Miller, Peroni e Grolsch (Foto: AP)

A britânica SABMiller, número dois do mundo no setor de cervejas, aceitou a última oferta de compra da líder do setor, a AB InBev, de capital belga e brasileiro, pelo equivalente a US$ 109 bilhões (96 bilhões de euros). Se ao valor da compra for adicionada a dívida do grupo, a SABMiller fica avaliada em quase 80 bilhões de libras (US$ 122 bilhões ou 108 bilhões de euros).
 

Uma vez aprovada pelas autoridades de concorrência, a fusão poderá ser a terceira maior da história e a maior aquisição de uma companhia britânica.
O grupo com sede em Londres explicou que o Conselho de Administração alcançou um acordo com a AB InBev, segundo o qual a empresa número um do mundo pagará por cada ação da SABMiller 44 libras esterlinas. Isso eleva o valor da companhia britânica a 71,2 bilhões de libras (109 bilhões de dólares).
A SABMiller disse que pediu uma extensão de duas semanas do prazo estabelecido para que sua rival anuncie uma intenção firme de fazer a oferta. O novo prazo é 28 de outubro.
Se a transação for concretizada como o previsto, o novo grupo incluirá as marcas de cerveja americana Budweiser e belga Stella Artois, pertencentes à AB InBev, assim como a italiana Peroni, a tcheca Pilsner Urquell e a holandesa Grolsch da SABMiller. No Brasil, a AB InBev controla indiretamente a gigante Ambev, dona de marcas como Skol, Brahma, Antarctica e Quilmes.
Um grupo combinado terá valor de mercado de cerca de  US$ 275 bilhões, segundo a Reuters, e combiná a dominância da AB InBev na América Latina com a forte presença da SABMiller na África, ambos mercados de rápido crescimento, assim como suas cervejarias na Ásia.
Linha de produção da SAB Miller (Foto: Arquivo/Siphiwe Sibeko/Reuters)Linha de produção da SAB Miller (Foto: Arquivo/Siphiwe Sibeko/Reuters)
Com esta compra bilionária, a AB InBev abre caminho na África, particularmente na África do Sul, onde a SABMiller nasceu há 120 anos.
O preço de compra representa uma valorização de 50% na comparação com a cotação do título em 14 de setembro, antes dos boatos sobre uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) que elevaram o preço, destacou o Conselho de Administração da SABMiller.
saiba mais
Para obter o acordo, a AB InBev teve que aumentar quatro vezes sua oferta, recorda o Conselho em um comunicado.
As partes concordaram que a AB InBev pagará uma taxa de rompimento de US$ 3 bilhões à SABMiller caso a transação fracasse devido a significativas questões regulatórias ou por falta de apoio dos acionistas da AB InBev.
O grupo de cigarros Altria, um dos principais acionistas da SABMiller com cerca de 27% de participação, afirmou estar satisfeito com a notícia de que a cervejaria está inclinada a aceitar a nova oferta da rival.dólares.
A Altria tem cerca de 27 por cento de participação na SABMiller.
Bilionário brasileiro por trás do negócio
A AB InBev é parcialmente controlada pelo fundo de private equity 3G Capital, administrado por investidores brasileiros, e controla indiretamente a brasileira Ambev.
A AB Inbev tem entre os seus donos os brasileiros Jorge Paulo Lemann ( homem mais rico do Brasil), Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles.
Dono do fundo 3G Capital e sócio da AB Inbev, Lemann tem feito negócios em parceria com a Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, como a compra da Heinz e fusão da companhia com a Kraft Foods.
Gigante belgo-brasileira Anheuser-Busch InBev (AB inBev) é maior fabricante de cervejas do mundo (Foto: Reuters)Gigante belgo-brasileira Anheuser-Busch InBev (AB inBev) é maior fabricante de cervejas do mundo (Foto: Reuters)
3ª maior fusão da historia
Confira as 5 maiores fusões/aquisições da história, segundo a empresa de consultoria Dealogic:
1ª O grupo britânico de telecomunicações Vodafone adquire em 1999 a alemã Mannesmann por 172 bilhões de dólares, incluindo a dívida.
2ª Em 2013, a Vodafone vende 45% de sua participação na Verizon Wireless à gigante americana das telecomunicações Verizon por 130,1 bilhões de dólares.
3ª A britânica SABMiller aceita em outubro de 2015 a oferta de compra da AB InBev, de capital belga e brasileiro, avaliada, segundo a Dealogic, em 122 bilhões de dólares, incluindo a dívida.
4ª Em 2000, a americana Time Warner anuncia uma fusão com a compatriota AOL por 112,1 bilhões de dólares, símbolo dos primeiros excessos das empresas ponto.com. As duas empresas se separaram em 2009.
5ª A farmacêutica americana Pfizer adquire em 1999 a rival Warner Lambert por 111,8 bilhões de dólares, incluindo a dívida. A Pfizer se tornou pouco depois a maior empresa farmacêutica mundial.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2015/10/sabmiller-aceita-oferta-de-compra-da-ab-inbev-por-us-109-bilhoes.html   -  13/10/2015 07h10 - Atualizado em 13/10/2015 12h09












domingo, 4 de outubro de 2015

Guarda os seus pertences em sacos de plástico. Vagueia pelas ruas de Washington. Mas Alfred Postell é, muito provavelmente, o sem-abrigo mais qualificado da cidade. Tem diplomas, prêmios e certificados suficientes para encher um armário. O que lhe aconteceu?



O juiz pousou o olhar no sem-abrigo acusado de dormir em frente a um edifício de
escritórios na Baixa de Washington. Era um sábado à tarde do início de Abril e no
 Tribunal de Instância Superior, diante do juiz Thomas Motley, estava Alfred
Postell, diagnosticado com uma esquizofrenia. Postell tinha o cabelo um pouco
comprido e grisalho. A barriga saía-lhe das calças. A barba estava desalinhada.
“Tem o direito de permanecer em silêncio”, disse-lhe um oficial, de acordo com a
 transcrição da acusação. “Qualquer coisa que diga, sem ser ao seu advogado,
pode ser usada contra si.” “Eu sou advogado”, respondeu Postell.
Motley ignorou aquela declaração bizarra, pesando se Postell, acusado de
 invasão de propriedade, apresentaria risco de fuga. “Tenho de voltar [à barra]”, 
protestou Postell, oferecendo uma explicação: “Passei o exame na Catholic 
University, fui admitido no Constitution Hall. Prestei juramento como advogado 
no Constitution Hall em 1979; licenciei-me em Harvard em 1979.”Isto já chamava
 a atenção de Motley. Também ele se licenciara na Faculdade de Direito de 
Harvard em 1979. “Sr. Postell, eu também”, disse-lhe Motley. “Eu lembro-me de si.”
Este sem-abrigo — que guarda os seus pertences em sacos de plástico brancos,
vagueia por um cruzamento da Baixa e às vezes dorme numa igreja — estudou
juntamente com o chefe do Tribunal Supremo, John G. Roberts, e o antigo
 senador do Wisconsin Russ Feingold. Todos eles se licenciaram em Harvard
em 1979. Motley (que não quis ser entrevistado para este artigo) fez uma breve
 pausa antes de concluir: “Não tenho qualquer escolha neste caso.” Ordenou 
que o antigo colega fosse para a prisão até que as acusações contra ele 
estivessem resolvidas.
Numa cidade com milhares de sem-abrigo, é possível que Postell seja o mais
qualificado deles todos. Diplomas, prémios e certificados enchem um armário
 no apartamento da sua mãe, como artefactos enterrados de uma vida perdida.
Tem três licenciaturas: Contabilidade, Economia e Direito.
Numa noite de Verão, senta-se dentro de um McDonald’s, com uma toalha branca
 enrolada na cabeça como um turbante. Ouvi-lo falar da sua vida é como irromper
 num sonho. Ao princípio tudo parece normal. Mas rapidamente as coisas entram
no caos. A cronologia vem aos soluços. Pensamentos incongruentes colidem uns
com os outros. “Charleston”, diz ele, “eu tinha propriedades lá, na cidade.
Os campos de algodão ficavam fora dos limites da cidade. Os campos de algodão:
 ficavam fora dos limites da cidade. Apanhei algodão uma única vez na minha vida.
 Mas os campos de algodão ficavam para lá dos limites da cidade. Eu vivia dentro
 da cidade. Tínhamos propriedades lá. Herdámos a propriedade. Pouco depois,
conduzi até San Diego, Califórnia. Estava apaixonado por uma rapariga.”
Todas estas frases remetiam para o mesmo ponto. Ancoravam Postell nas águas
 turbulentas da esquizofrenia. Postell, dizia ele a si próprio e aos outros, tinha
 estudos. Trabalhava duramente. Saía-se bem.
Nasceu em 1948, único filho de uma mãe costureira e pai instalador de toldos.
Cresceu a saber o que significa a privação. Era um rapaz normal, diz a mãe, Ruth
 Priest, mas sempre focado e motivado.



WASHINGTON POST

Queria mais do que os pais tinham. Por isso, depois de terminar o liceu, juntou um emprego a um curso no Strayer College. Os êxitos levavam a êxitos. Passou no exame e conseguiu trabalho como gestor de auditorias numa empresa de contabilidade, a Lucas and Tucker, onde diz que recebia um salário anual de 50 mil dólares (42 mil euros), o que na altura era muito dinheiro.
Mas não ficou por ali. Foi para a University of Maryland tirar o curso de Economia. E, ainda antes de se licenciar, apresentou uma candidatura a Harvard — e foi aceite.
“Parecia que a cada dois anos eu ficava a saber que tinhas subido mais um patamar”, escreveu E. Burns McLindon, um gestor importante de Bethesda, no Maryland, que foi
 professor de Postell em Strayer, numa carta que ele emoldurou. Foi em Strayer
que recebeu o Prémio Aluno de Excelência. “O teu caso”, escreveu McLindon,
que morreu em 2012, “serve de verdadeiro exemplo aos nossos jovens de hoje
para que encontrem dentro deles determinação e ambição para ter sucesso”.
Folhear o livro online do ano de 1979 da Harvard Law School é um exercício
semelhante a ver “Antes de eles serem famosos”. Lá está John Roberts com uma
 massa de cabelo. Lá está o sorridente Ray Anderson, que se tornou vice-presidente
 executivo das operações de futebol da NFL (Liga Nacional). Lá está Thomas
Motley, 24 anos, activo na Associação de Estudantes Negros, de fato e gravata.
E lá está Alfred Postell. Tem 31 anos, mais velho do que a maioria, usa um bigode
 bem cuidado e tem já entradas no cabelo. Tem o olhar de um homem bem
sucedido na vida. E que espera ainda muito mais.
O colega Marvin Bagwell, vários anos mais novo, lembra-se dele a chegar às aulas
de sobretudo e laço enquanto os outros se arrastavam, de olhos sonolentos.
 “Havia nele uma dignidade muito discreta”, diz Bagwell, agora vice-presidente
de uma grande empresa de seguros. “Era brilhante e conseguia fazer perguntas
introspectivas que iam ao âmago da questão.”
O mesmo sentimento foi expresso por outros cinco colegas. “Trabalhava com muito
 afinco e era extremamente disciplinado”, comenta Piper Kent-Marshall, há muito
 conselheiro da Wells Fargo. E vestia-se imaculadamente e cheio de aprumo. “Não 
me espantaria se alguém me dissesse que fazia manicure”, comentou outro colega
 de turma.
Por isso, os licenciados de Harvard ficaram tão surpreendidos quando souberam
do seu destino. Como é que este homem — tão articulado, tão elegante — acaba
numa existência invisível nas franjas da capital do país?




“É uma história incrivelmente trágica e triste”, diz Kent-Marshall, “porque na
Faculdade de Direito ele era um dos melhores alunos e um homem muito, muito,
muito inteligente e charmoso”.
Se houver pistas para o que terá precipitado a queda de Postell na esquizofrenia,
estão enterradas nos anos após a licenciatura, quando voltou a Columbia.
Aceitou um emprego num escritório que era então conhecido como Shaw Pittman
 Potts & Trowbridge, um escritório respeitado que no ano anterior tentara sem
 sucesso recrutar a futura juíza do Tribunal Supremo Sonia Sotomayor. Naqueles
 anos, a empresa estava a expandir-se muito rapidamente. Quando Postell chegou,
 segundo duas pessoas que trabalhavam lá na altura, ele era o único advogado negro do escritório. Devido à sua formação em Contabilidade, foi colocado na equipa fiscal e
 rapidamente conheceu um jovem advogado chamado Frederick Klein. Foram
contratados com um ano de diferença. Ambos ganhavam 35 mil dólares. Klein
ficou impressionado com a forma como Postell se vestia. “Era muito urbano”,
diz Klein, que agora está no DLA Piper Global Law Firm. Era culto, atencioso,
discreto.
Postell era tão discreto que, na verdade, vários advogados que trabalharam na
Shaw Pittman não se lembravam de nada acerca dele. Klein e outros dois que
se recordavam não conseguiram, ou não quiseram, dizer porque é que poucos
anos depois de o ter contratado a empresa o deixou partir.
“Não fico muito confortável por estar a falar nisto”, comentou por email Martin
 Krall, que chegou a ser sócio da Shaw Pittman. “Já foi há muito tempo, já não
 sou sócio há mais de 20 anos e não tenho acesso aos arquivos do pessoal, se é
que ainda existem.”
Talvez o facto de poucos se lembrarem do que aconteceu a Postell seja aquilo
que trai a sua doença. A esquizofrenia assusta. Algumas pessoas, especialmente
as bem sucedidas como ele, conseguem esconder os sintomas durante meses.
Enquanto a vítima se retira da vida social e do trabalho, mergulhando no
isolamento, familiares, amigos e colegas podem nem sequer dar por nada.
E depois há um corte. Os psicólogos referem-se a este momento como “surto
 psicótico” ou “primeiro surto”. É quando se quebra a ligação com a realidade
que a vida se divide nestas duas categorias distintas: antes e depois.
“Infelizmente, o declínio rápido não é invulgar”, afirma Richard Bebout, director
 do Green Door, um centro de saúde mental que trabalha com sem-abrigo.
 “Conheço pessoas que tiraram Medicina, fizeram a faculdade e licenciaram-se
 com as melhores notas e, de repente, vêm-se abaixo. É como a história de John
 Nash em Uma Mente Brilhante.
A velocidade com que acontece pode deixar as famílias sedentas de respostas.
“Ele tinha todas aquelas coisas chiques, um bom barco que costumava velejar
 por todo o lado”, diz uma familiar, LaTonya Sellers Postell. “Estava a viver uma
 vida de ricos. E, de repente, foi-se abaixo. Ninguém sabe exactamente o que
aconteceu... Perdeu todos os seus bens materiais. É de loucos. Absolutamente
 de loucos.”
Nem a sua mãe, de 85 anos, consegue explicar o que aconteceu. Um dia, uma
 escuridão abateu-se sobre o filho, diz Priest. Não parava de dizer que ia ser preso.
 Achava que a polícia estava atrás dele. E a seguir teve uma má separação da
 mulher que amava. Pouco tempo depois, teve o seu surto psicótico.



WASHINGTON POST

“Eu tinha medo”, conta a mãe. “Ele corria lá para baixo e eu perguntava: ‘O que se passa? O que se passa?’ E tentava abaná-lo um bocado para o trazer de volta. E ele começava a chorar... E desde então foi por aí abaixo, abaixo, abaixo.”
Quando achou que já não conseguia tratar dele, a mãe foi procurar uma pastora evangélica local, Marie Carter, que o acolheu em casa, em meados dos anos 1980.
A sua filha, agora com 60 anos, achou que Postell ficaria lá por algumas semanas ou meses. Mas ele ficou décadas, passando dias inteiros à frente da televisão ou vagueando por um
parque próximo, a ver as pessoas passar.
É estranho, como 30 anos passam depressa. A única marca que Postell deixou
no registo público durante esse período foi em forma de acusações criminais. Foi
acusado de roubo em 1989 pelo tribunal de Ocean City. Também teve outras
acusações menores na década de 1990. Mas, para além disso, foi um fantasma.
“Entras numa empresa, tens prestígio”, diz Postell. “E quando perdes essa posição
é como um suicídio. É o fim. É a atrofia. Ou, como diz um contabilista, é para se
tornar obsoleto. Sabes o que isso quer dizer? Obsolescência. Para além da tua vida
 útil. Eu estava para lá da minha vida útil.”
Postell ficou à deriva. Todos os dias passava pelas mesmas montras. Uma delas
era a loja de café Avondale — até ser barrado pelo dono, levando à sua detenção
em Abril de 2014. Postell acabou por ir parar ao Brawner Building, na Baixa.
A polícia prendeu-o lá por duas vezes, acusando-o de invasão de propriedade
 privada. Alegações que, ao fim de 30 anos, levarão Postell a encontrar-se
novamente com Thomas Motley.
Depois de se licenciar em Harvard, Motley foi trabalhar para a Steptoe & Johnson,
 um importante escritório de advogados em Washington. Depois, tornou-se
delegado federal do Ministério Público, até ser nomeado pelo Presidente Bill
 Clinton.
No dia em que Motley ficou frente a Postell, o sem-abrigo não o reconheceu.
Tinham passado demasiados anos. Mas diria mais tarde que se lembrava de
Motley nas aulas. (Mas não se lembra do presidente do Supremo, Roberts.)
Em Junho, foi ilibado de umas das acusações de entrada ilegal. Outra foi retirada.
 E assim passa novamente a maioria dos dias no edifício Brawner, perto da
 Farragut Square. Rhett Rayos, o gerente do edifício, diz ter esperança de que
 Postell “receba o apoio e serviços que precisa”.
E há esperança. A equipa de saúde mental da Green Door começou a trabalhar
 com ele, tal como a Pathways to Housing, outra organização que ajuda
sem-abrigo. A mãe tentou juntar algum dinheiro para o tirar da rua.
Mas nada disso parece interessá-lo quando numa manhã recente está sentado
sozinho à porta do Brawning Building. Tem espalhados jornais aos pés. Agarra
 num.
“O jornal usou o termo ‘troglodita’”, diz. “Troglodita: Homem das grutas.”
Depois, perde-se nas suas memórias. “Vivi num prédio de apartamentos na
Presidential Towers. Poderia ser considerado um homem das grutas. Tinha
varanda. Uma varanda no último andar. Um apartamento no último andar
das Presidential Towers. Podia ser considerado um homem das cavernas.”
Fonte: http://publico.uol.com.br/mundo/noticia/o-semabrigo-com-um-diploma-de-harvard-1709802










domingo, 20 de setembro de 2015

Em duelo eletrizante, Santa vence o Ceará, encosta no G-4 e afunda rival

Tricolor chegou aos 44 pontos e está a dois do Bahia, que abre a zona de acesso. Enquanto isso, Vovô segue longe de deixar o Z-4 da Série B do Brasileiro.


O Santa Cruz não foi avassalador, mas fez o suficiente para vencer o Ceará por 2 a 1, na Arena Pernambuco e se aproximar ainda mais do G-4. Contra um Vozão jogando para fugir do rebaixamento, os tricolores acabaram sendo mais eficientes para ficar com os três pontos. Mas não foi fácil. Após sair na frente, com Grafite, e ver o Alvinegro empatar, com Ricardinho, - e pressionar - a Cobra Coral mostrou que entrou de vez na luta pelo acesso e, aos 41 minutos, Vítor usou a cabeça para dar a vitória ao time de Marcelo Martelotte.
Com a vitória, o Santa Cruz chega aos 44 pontos e assume a  5ª posição da Série B, com dois pontos a menos que o Bahia. Já o Ceará, segue em 17º com os mesmos 25 pontos e tentando sair do Z-4. As equipes voltam a jogar no às 16h30 do próximo sábado. O Tricolor vai até São Luís do Maranhão, onde enfrenta o Sampaio Corrêa. Já o Vovô, recebe o Oeste. 
Santa Cruz x Ceará (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Gafrite volta marcar e ajuda Santa a chegar aos 44 pontos (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)







O técnico Marcelo Martelotte surpreendeu ao colocar o atacante Nathan no jogo. Ele não atuava há mais de dois meses e parece ter pego o Ceará desprevenido. Foram dele as primeiras chances do Santa. Aos 10, chutou de fora da área para boa defesa de Luís Carlos. No minuto seguinte teve a principal chance ao ficar frente a frente com Luis Carlos e chutar por cima do goleiro. O Tricolor foi melhor em campo, mas entrou pouco na área do Vozão. Assustou mais em chutes de fora da área com João Paulo e Daniel Costa. Enquanto isso, o Alvinegro pouco fez. Ricardinho tentou uma finalização de fora da área, mas foi de Wescley a principal chance ao aproveitar uma falha da defesa e isolar a bola num chute quase na pequena área.
Apesar de ter sido melhor no primeiro tempo, o Santa Cruz teve dificuldades de entrar na área do Ceará e elas persistiram na segunda etapa. Mas, aos oito minutos, Lelê foi derrubado na área por Tiago Cametá e Grafite abriu o placar na cobrança do pênalti. A tendência era o jogo se tornar mais tranquilo para o Santa, mas na prática isso não aconteceu. Ricardinho começou a ter mais liberdade e chutou forte para uma defesa de Tiago Cardoso aos 21 minutos. No escanteio, ele pegou o rebote e voltou a arriscar de longe. E desta vez a bola entrou. 
O empate fez o jogo crescer. O Santa tentou se lançar mais ao ataque e o Ceará aproveitar os contra-ataques. E num desses, aos 27 minutos, Júlio César entrou sozinho na área e chutou para o gol. Só que Mazola, em posição de duvidosa, tocou na bola e fez com que o juiz anulasse o gol da virada. Ele ficou no quase novamente aos 33, quando Rafael Costa chutou para nova defesa de Tiago Cardoso, mas foi o Santa que fez o segundo. Já na reta final do jogo, Allan Vieira foi até a linha de fundo e achou o outro lateral, Vítor, sozinho na área para marcar o gol da vitória.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/pe/futebol/brasileirao-serie-b/noticia/2015/09/em-duelo-eletrizante-santa-vence-o-ceara-encosta-no-g-4-e-afunda-rival.html
Data:  - Atualizado em