terça-feira, 24 de março de 2015

Clique Ciência: É errado jogar papel higiênico na privada?

A maioria dos brasileiros joga papel higiênico usado no lixo, algo que é encarado com surpresa por americanos ou europeus que vêm fazer turismo por aqui. É que, nesses países, quase todo mundo joga tudo na privada, e morre de nojo de pensar em manusear o cesto com resquícios de fezes diariamente. Mas, afinal de contas, qual a atitude mais correta?
Evitar o descarte no vaso sanitário, no Brasil, é algo que está ligado a um motivo muito simples: pouco mais da metade das casas têm acesso à rede coletora de esgoto. Em 2013, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), só 63,5% da população contava com esse lixo. Na região Norte, o total não chegava a 20%.
Não se trata apenas de lugares pobres. Você pode passar as férias em uma bela casa no litoral norte de São Paulo e descobrir que, lá, xixi e cocô são direcionados para fossas sépticas, tanques enterrados no quintal com substâncias que digerem os sólidos, permitindo um descarte mais seguro para o meio ambiente. E a questão é que o papel higiênico pode entupir as fossas, prejudicando todo o processo.
Já para quem conta com rede coletora de esgoto, jogar papel higiênico na privada está liberado com algumas ressalvas. Veja a resposta da Sabesp, empresa de saneamento paulista, para a pergunta:
"O papel higiênico pode ser jogado na privada, quando não houver problemas com entupimento na rede interna, o que ocorre somente em redes domiciliares antigas e com traçado com muitas curvas. Em geral, em prédios, devido à maior pressão da água e os desníveis elevados, não há obstruções por este resíduo."
A companhia ressalta que a medida vai ao encontro da recomendação das Vigilâncias Sanitárias, de evitar a manipulação de papel sujo com fezes, um resíduo contaminado microbiologicamente.
E continua: "Nos coletores tronco da rede pública (diâmetro superior a 300 mm) não há registro de casos de obstrução atribuível ao papel higiênico, que rapidamente se  desagrega com o fluxo de água. Nesse caso, as obstruções estão associadas a resíduos como cabelos, fibras/pelos, fio dental, lixo plástico, preservativos, absorventes higiênicos, hastes flexíveis, aparelhos de barbear descartáveis, pontas de cigarro, brinquedos etc., que deveriam seguir para o lixo ou para reciclagem".
Melhor não jogar
Em outras palavras, jogar papel na privada é mais higiênico, mas só é permitido quando se tem certeza da coleta de esgoto local, da qualidade do encanamento e da boa vazão de água na descarga, algo que pode levar tempo para ser investigado e que se torna inviável para quem está com dor de barriga.
Uma cartilha lançada por ONGs e movimentos sociais no último domingo (22), Dia Mundial da Água, no entanto, diz que não se deve jogar papel higiênico no vaso, pois isso requer um uso maior de água, ou seja, uma descarga a mais. O documento "Água: Manual de Sobrevivência para a Crise", foi lançado pelo Instituto Socioambiental (ISA), em parceria com a Aliança pela Água (faça o download pelo site), que reúne quase 50 entidades preocupadas com o tema.
Quanto mais se aciona a descarga, mais água limpa é descartada, já que uma caixa acoplada, por exemplo, gasta cerca de seis litros cada vez que o botão é apertado. Dispositivos mais antigos chegam a gastar até 12 litros a cada acionamento.
Em tempos de falta de água crônica, em que as pessoas têm aprendido a usar a água do banho para dar a descarga, metros de papel higiênico só tornam a vida mais difícil. O que leva a outra questão: os sacos de lixo garantem que ninguém vá manipular fezes e urina, mas também levam mais de 100 anos para se desintegrar nos aterros sanitários, quando não vão parar em bueiros.
Economize papel
Um outro problema que as pessoas costumam ignorar é o impacto causado pelo papel em si. Segundo estudo divulgado no site do Worldwatch Institute (WWI), entidade voltada para a sustentabilidade, o consumo per capita mundial é de 3,8 quilos por ano. E, nos Estados Unidos, chega a 23 quilos por pessoa. São toneladas de papel virgem, fino e delicado, extraídos a partir de florestas.
De acordo com o WWF (Fundo Mundial para a Natureza), o equivalente a quase 270 mil árvores é despejado em aterros sanitários a cada dia, e cerca de 10% desse total refere-se a papel higiênico. Se jogar esse material no vaso é coisa de país evoluído, a quantidade usada tem tudo a ver com crescimento econômico. A mesma reportagem divulgada pelo WWI indica que, na China, entre 1990 e 2003, o consumo cresceu 11%. A tendência, portanto, é as pessoas usarem cada vez mais papel higiênico no mundo, e cada vez mais árvores terão de ser derrubadas por isso.
Várias entidades e mesmo grandes fabricantes de papel higiênico vêm estudando possibilidades de uso de material reciclado no banheiro, mas isso ainda está distante do dia a dia. Há também quem defenda substituir o papel por um pouco de água e ar, algo que pode ser experimentado por quem viaja a Tóquio, no Japão. Para quem abomina a ideia de gastar mais energia com um dispositivo desses, uma garrafinha e um leque resolveriam o problema. Mas, de novo, há o problema da falta de água no Brasil. Só de pensar em todo o impacto provocado pelas necessidades fisiológicas, muita gente pode ficar até com prisão de ventre. 
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2015/03/24/clique-ciencia-e-errado-jogar-papel-higienico-na-privada.htm  -  São Paulo 24/03/201505h00

sábado, 21 de março de 2015

Faculdades do Fies podem ter multa por reajuste injusto, diz secretária

Secretária Nacional do Consumidor diz que fará análise com o FNDE.
Grupo de trabalho será oficializado nesta segunda-feira (23), diz MEC.


Os ministérios da Educação e da Justiça vão lançar, na próxima semana, um grupo de trabalho para analisar os reajustes de mensalidades de instituições que fazem parte do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Segundo o ministro interino da Educação, Luiz Cláudio Costa, uma portaria foi assinada na sexta-feira (20), com publicação prevista no "Diário Oficial da União" na próxima segunda (23), criando o grupo, que terá sete membros de secretarias e autarquias dos dois ministérios.

Uma das principais mudanças do Fies neste ano foi a imposição do limite de 6,4% no reajuste da mensalidade. Algumas instituições e associações chegaram a entrar na Justiça para contestar esse valor. O MEC afirma que negocia os reajustes acima deste limite caso a caso.
De acordo com Juliana Pereira, secretária Nacional do Consumidor (Senacon), um mapeamento feito com a base de dados dos Procons de todos os estados brasileiros e do site consumidor.gov.br mostrou algumas denúncias feitas por estudantes contra instituições, por aumento considerado abusivo da mensalidade.
Houve também denúncias contra as novas regras do Fies. Nesse caso, porém, Juliana explica que o Fies não configura relação de consumo, já que se trata de uma política pública. "Embora educação não seja um bem de consumo, a prestação de serviço da universidade privada junto ao aluno é uma relação de consumo", disse ela. "Tivemos notícia de que as universidades estão obrigando os alunos a pagar valores apartados, a passar por situações que ferem o código do consumidor."
Aumento justificado
O grupo de trabalho terá 60 dias, a partir da publicação da portaria, para "analisar a composição e a evolução dos preços das mensalidades dos cursos superiores financiados" pelo Fies, além de "propor iniciativas e ações que contribuam para o avanço do" programa. Participam do grupo três membros da Senacon, dois membros da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, um mmebro da Coordenadoria-Geral para Assuntos Educacionais e dois membros do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Segundo Juliana, duas reuniões já foram realizadas durante a semana para formatar o grupo.
Ela explica que o FNDE tem a especialidade técnica para identificar, no detalhamento das propostas de reajuste, se os itens gastos como investimento realmente justificam o aumento. Entre os exemplos citados pelo MEC são os reajustes de universidades que investem em infra-estrutura e na contratação de professores com doutorado.
"Quando o próprio FNDE, diante da argumentação, não vê aumento justificado, aí entra a área de defesa do consumidor. Porque ali houve elevação se preço sem justa causa e pode chegar a ser sancionada pelo código de defesa do consumidor."
A secretária diz que entre as sanções estão multa (a mais comum), suspensão temporária de atividade, suspensão de comercialização, intervenção administrativa e imposição de contrapropaganda.
Metade dos contratos já aditados
O MEC divulgou, nesta sexta, que 978.961 contratos vigentes já foram aditados. Esse número equivale a cerca de 50% dos 1.920.884 de contratos que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) registrou desde 2010. Segundo o ministro interino, o processo de aditamento começa na instituição de ensino, e depois o estudante vai até o sistema on-line do Fies para a segunda etapa. A terceira é encaminhar os documentos ao banco. Os 978.961 mencionados pelo MEC estão nesta terceira etapa, segundo ele.
Outros 713.769 contratos vigentes já passaram da primeira etapa, e estão pendentes dos estudantes registrarem as informações no site do Fies
Há ainda 228.154 contratos que ainda não passaram pela primeira etapa.

Fonte: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2015/03/faculdades-do-fies-podem-ter-multa-por-reajuste-injusto-diz-secretaria.html.     21/03/2015 06h00 - Atualizado em 21/03/2015 06h00







segunda-feira, 16 de março de 2015

Encontro sobre mudança climática inicia comemorações ao Dia Mundial da Água

Publicação: 16/03/2015 12:57


Começam nesta segunda-feira no Recife, Região Metropolitana (RMR) e interior do estadoas atividades em homenagem ao Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março. A agenda começa esta manhã com palestra do gerente geral de articulação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Walber  Santana, sobre as mudanças climáticas e seus efeitos no meio ambiente. O evento acontece no auditório do Museu do Estado, na Avenida Rui Barbosa, bairro das Graças, no Recife.

A programação conta ainda com a encenação teatral "Água! E eu com isso?", com circuito ambiental - que convida as pessoas a pensarem na importância de preservar os rios, as cachoeiras e  demais fontes de água em nossa natureza - e com aula passeio no barco-escola da Prefeitura no Recife que vai mostrar todo potencial hídrico do rio Capibaribe.

De acordo com o presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Paulo Teixeira de Farias, a agenda inclui atividades que chamam a atenção para as florestas, inclusive na data em que celebramos o Dia da Árvore no Nordeste e o dia das Florestas,  em 21 de março, antecedendo o dia Mundial da Água. "A reflexão quanto à  importância da água remete à relevância da preservação das matas. O desmatamento tem repercussão direta na qualidade e na quantidade dos recursos hídricos", defende.

Dia da Água - Celebrado no dia 22 de março, o Dia Mundial da Água foi criado em 1993 pela ONU durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92, no Rio de Janeiro. Desde então, as celebrações ao redor do mundo acontecem a partir de um tema anual, definido pela própria Organização, com o intuito de abordar os problemas relacionados aos recursos hídricos. Em 2015, o assunto que pautará as discussões do setor de recursos hídricos em todo o mundo será 'Água e Desenvolvimento Sustentável'. Entre os temas já escolhidos para a data estão: água e energia, cooperação pela água, água e segurança alimentar, saneamento, água limpa para um mundo saudável, lidando com a escassez de água e água para as cidades: respondendo ao desafio urbano.
Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2015/03/16/interna_vidaurbana,566450/encontro-sobre-mudanca-climatica-inicia-comemoracoes-ao-dia-mundial-da-agua.shtml
Publicação: 16/03/2015 11:41 Atualização:

Galerias lotadas para discutir a seca em Pernambuco

Publicaçdo: 16/03/2015 12:42


Galerias lotadas no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na audiência pública realizada para discutir a seca que atinge Pernambuco. Representantes de várias entidades como a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) estiveram presentes à reunião, que contou também com a participação de representantes da Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), governo do estado, do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), sindicatos rurais, movimentos sociais entre outras entidades. 

O Presidente da APAC, Marcelo Asfora, comentou que o assunto precisa ser discutido com medidas de análise do período de plantação para melhoria nos resultados da colheita. "A agricultura, em meio ao período de seca, precisa ser analisada primeiro de acordo com um estudo de quais meses são propícios para a plantação. Se vamos plantar nos meses de abril, maio ou junho, temos que pensar qual deles será ideal ao clima. Além disso, é preciso levar em consideração fenômenos como o El Niño, que influencia diretamente na questão climática da região.’’

De acordo com o DNOCS, Pernambuco é o estado mais afetado pela seca no Nordeste. A estiagem já colocou diversos reservatórios de água em colapso, principalmente, em cidades do Sertão e Agreste. Segundo o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Nilton Mota, são 126 municípios afetados em Pernambuco, sendo 56 já com reconhecimento do Governo Federal e 70 ainda em análise - isso equivale a cerca de 1,3 milhão de pessoas afetadas com os efeitos da estiagem.

A proposta de audiência foi apresentada por meio de requerimento pelo deputado estadual Miguel Coelho (PSB), presidente da Comissão de Agricultura da casa. Segundo o parlamentar, a seca deixou de ser um problema isolado do Sertão e está atingindo diversas regiões do estado e se agrava com o prolongamento do quarto ano consecutivo de estiagem. Mais de 110 municípios pernambucanos estão sofrendo com algum tipo de racionamento e mais de 20 barragens estão operando com o volume morto.

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2015/03/16/interna_vidaurbana,566443/galerias-lotadas-para-discutir-a-seca-em-pernambuco.shtml

Publicação: 16/03/2015 11:16 Atualização: 16/03/2015 11:36

DHPP investiga morte de adolescente achado em galeria de esgoto

Publicação: 16/03/2015 12:40

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está investigando a morte de um adolescente de 17 anos. O corpo da vítima, identificada apenas como Williamys, foi encontrado dentro de uma galeria de esgoto próximo à linha férrea da estação de metrô de Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). 

O cadáver foi localizado por um funcionário do metrô que passava pelo local no domingo passado e acionou a polícia. O corpo apresentava diversos ferimentos e tinha os pés amarrados. O resgate teve que ser feito pelo Corpo dos Bombeiros. 

A polícia acredita que o adolescente não foi morto no local, mas arrastado para a para a área a fim de ocultar o crime. As investigações estão sendo coordenadas pela delegada Alcilene Marques. A vítima seria usuária de drogas e estuda-se a possibilidade de ligação do crime com o tráfico de entorpecentes.

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2015/03/16/interna_vidaurbana,566439/dhpp-investiga-morte-de-adolescente-achado-em-galeria-de-esgoto.shtml
Publicação: 16/03/2015 11:03 Atualização:

quinta-feira, 12 de março de 2015

Governador do AM enfraquece gestão de UC’s do estado

Em reforma administrativa, governo do Amazonas extingue Centro Estadual de Unidades de Conservação, deixando vulneráveis 19 milhões de hectares protegidos pelo estado. Secretaria de Meio Ambiente teve corte de 47% em seu orçamento.


Os efeitos nocivos da destruição do meio ambiente nunca estiveram tão claros na rotina dos brasileiros como agora, com a atual crise hídrica e energética que afeta o País. A ciência vem comprovando que as florestas tropicais são fundamentais para a manutenção dos sistemas de chuva que abastecem represas e reservatórios de água. Mas mesmo em um momento tão crítico, a insensatez da política não cansa de nos surpreender: em uma reforma administrativa, o governo do Amazonas, que possui a maior área preservada de floresta Amazônica do continente, fragilizou secretarias estratégicas para o tema e extinguiu dois  órgãos estaduais responsáveis pela gestão ambiental.
As reformas, que foram enviadas pelo governo e aprovadas em votação relâmpago na Assembleia Legislativa do Estado na última quinta-feira (5), contradizem o compromisso assumido pelo atual governador, José Melo (PROS), que no período de campanha eleitoral se comprometeu com o coletivo Ficha Verde a promover a governança, a preservação da floresta e o desenvolvimento sustentável na região. Metas que estão em total oposição com as decisões tomadas neste início de governo.
“De acordo com Melo, o corte de verbas direcionadas a gestão ambiental e a extinção secretarias estratégicas, como a de ciência e tecnologia, ajudarão o estado a economizar dinheiro. Mas é uma economia pouco inteligente, a medida que não considera os prejuízos ambientais que a reforma pode causar não só ao estado, mas para todo o Brasil”, pondera Rômulo Batista, da campanha Amazônia do Greenpeace.
Um dos órgãos extintos, o Centro Estadual de Unidades de Conservação (CEUC), atuava diretamente na demarcação e gestão das 42 áreas estaduais de proteção ambiental e desenvolvimento sustentável existentes no Amazonas. De 2003 a 2009, a instituição, sozinha, foi responsável pela demarcação de 16,5% de todas as unidades de conservação (UC) identificadas e reconhecidas no mundo no período, uma área de 11,6 milhões de hectares de floresta, segundo relatório do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA). 
O Amazonas possui atualmente 42 Unidades de Conservação estaduais. Com a precarização das ferramentas de gestão, estas áreas ficam vulneráveis a ações criminosas, como grilagem e desmatamento.
A criação de UCs é comprovadamente uma das ferramentas mais eficazes de conservação florestal e combate ao desmatamento.  Mas sem a gestão, estas importantes reservas não atingem seus objetivos de desenvolvimento sustentável, ficando vulneráveis a ações criminosas, como a grilagem de terra e a exploração ilegal de madeira.
“Depois de anos liderando a agenda ambiental na Amazônia brasileira, criando UC’s, realizando inventários biológicos que levaram a descrição de novas espécies, o estado do Amazonas infelizmente perde sua posição de vanguarda, deixando vulneráveis suas UC’s e quase 15 mil famílias que lá vivem”, afirma Batista.
O Centro Estadual de Mudanças Climáticas (CECLIMA) também foi considerado descartável pelo governador. O órgão estadual foi criado em 2007, com a finalidade de propor políticas públicas de combate, mitigação e adaptação às mudanças climáticas, o primeiro do gênero no País.  
Em sua reforma, Melo extinguiu, ainda, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e reduziu em 30% o já deficiente quadro de funcionários da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), que também amargou um corte de 47% em seu orçamento para este ano, na comparação com 2014. 
A floresta paga a conta
Graças a uma política à frente de seu tempo, o Amazonas vinha garantindo a preservação da maior área de Floresta Amazônica intacta do continente, mais de 145 milhões de hectares preservados, graças à criação de Unidades de Conservação (UCs), muitas delas estaduais. Mas reformas como esta colocam o atual governo na contramão da preservação ambiental e em um momento especialmente complicado.
A região sul do Amazonas vem sendo pressionada pelo arco do desmatamento, uma espécie de cinturão de destruição, que vai do Acre até o Maranhão, cortando o Brasil ao meio, promovido pela expansão do agronegócio e pela exploração ilegal de madeira na Amazônia. A escalada da violência nesta região de fronteira, entre o Amazonas e o Acre, é extremamente crítica.
“O desmatamento na Amazônia vem acompanhado da violência contra os povos da florestas. Além disso, o uso de fogo no preparo da terra para atividades agropecuárias contribui para as mudanças climáticas”, esclarece Rômulo Batista.
Enquanto a luta é para que o governo federal e outros estados melhorem a governança sobre a Amazônia, o governador do Amazonas, José Melo, acaba de retroceder anos na corrida contra as mudanças climáticas e pelo desenvolvimento sustentável na floresta.  Com esta atitude, Melo enfraquece a proteção de 19 milhões de hectares de florestas e deixa o estado mais frágil ao avanço do desmatamento.
A única maneira de garantirmos a proteção integral das florestas brasileiras, independente de destemperos políticos, é com o fim imediato do desmatamento, como regra. Mais de 1 milhão de brasileiros já declararam apoio ao projeto de lei pelo desmatamento zero, promovido pelo Greenpeace que visa proteger as florestas remanescentes.
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Governador-do-AM-enfraquece-gestao-de-UCs-do-estado/ - 12/03/2015

Facebook, dono do WhatsApp, se reúne com justiça brasileira

O juiz da Central de Inquéritos de Teresina, Luiz de Moura Correia, responsável pelo pedido de suspensão do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp em todo o Brasil, em fevereiro, recebeu nesta quinta-feira 12/03,, representantes do Facebook, empresa detentora do aplicativo, e da Polícia Civil do Piauí. Segundo o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), o encontro foi para tratar sobre o caso de suspenção do aplicativo que veio à tona depois da decisão polêmica realizada pelo magistrado ainda no final do mês de fevereiro.

De acordo com o TJ, o juiz serviu de interlocutor para um primeiro encontro entre as partes desde o pedido da Justiça Estadual. No encontro, revela oportal G1, o delegado do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, Daniel Pires, e o advogado do WhatsApp,João Azeredo, discutiram os pontos de vista legal e logístico a possibilidade de cooperação entre as partes.

Para o juiz Moura, o simples encontro e uma primeira conversa entre os lados já mostra “um aceno de boa vontade” em chegar a uma colaboração. As partes concordaram que precisa haver uma adequação à legislação brasileira que possibilite um canal de comunicação permanente, onde possa existir uma efetiva ajuda entre ambos.O encontro se dá após toda a polêmica envolvendo a decisão de retirar o aplicativo do ar.
A decisão datada de 11 de fevereiro, mas que só veio a público dias depois, surgiu depois que a empresa descumpriu as constantes solicitações de informações ao aplicativo para uma investigação sigilosa iniciada pela Polícia do Piauí ainda em 2013. A decisão foi derrubada 24 horas depois pelos desembargadores Raimundo Nonato da Costa Alencar e José de Ribamar Oliveira, atendendo ao recurso das operadoras telefônicas.

http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=39150&sid=4#.VQIcq47F91Y - 12/03/2015

segunda-feira, 9 de março de 2015

Rio Piracicaba sobe 305% em quatro dias, e nível supera média para março

Volume de água chegou a 212,73 mil litros por segundo nesta segunda (9).
Diferente da última quinta-feira (5), pedras do fundo voltaram a ser cobertas.




As pedras do fundo do Rio Piracicaba voltaram a ser cobertas pela água após as chuvas dos últimos dias. Nesta segunda-feira (9), o volume chegou aos 212,73 mil litros por segundo por volta das 10h30, conforme o Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee). A vazão registrada é 25% superior à média para o mês de março e 305,7% maior que a registrada há quatro dias, quando as pedras do leito tinham voltado a ficar aparentes.
De acordo com o Sistema de Telemetria do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), a média para o mês de março é de 168,94 mil litros por segundo. Mas na última quinta-feira (5), o volume do manancial foi de 52,43 mil litros por segundo, ou seja, 69% abaixo da média histórica para o mês.
Nesta segunda-feira, também segundo os registros do Daee, o nível do Piracicaba estava em 3 metros no trecho próximo à Rua do Porto, área central de Piracicaba (SP). A profundidade média é de 2,39 metros e, na última quinta-feira, ficou em 1,44 metro.
Ainda de acordo com o Daee, as chuvas mais volumosas em Piracicaba nos últimos dias aconteceram entre o final da noite deste domingo (8) e o final da madrugada desta segunda-feira (9), período em que a chuva se manteve em 13 milímetros.
Fonte: http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2015/03/rio-piracicaba-sobe-305-em-quatro-dias-e-nivel-supera-media-para-marco.html

sexta-feira, 6 de março de 2015

Crédito de consórcio cresceu 15,7%

 Em janeiro o número de contemplados cresceu 7,9%.
financiamento
Os consórcios de veículos seguem ajudando o mercado neste ano de vendas baixas. O número de participantes ativos, que pagam mensalmente a parcela do consórcio, cresceu para 5,5 milhões em janeiro, contra 5,04 milhões no mesmo período do ano passado, um crescimento de 9,1%.
Com isso, o número de contemplações cresceu 7,9%, foram 111 mil pessoas que conseguiram comprar um veículo em janeiro deste ano, contra 102,9 mil no mesmo período de 2014.
O aumento das contemplações ajudou a alavancar o volume de crédito disponibilizado, foram R$ 2,87 bilhões em janeiro, contra 2,48 bilhões no mesmo período do ano passado, gerando crescimento de 15,7%.
Porém, a entrada de novos consorciados caiu 7,4%, em janeiro deste ano foram vendidas 182,1 mil novas cotas, contra 196,6 mil, no mesmo mês do ano passado. Esta queda é reflexo de toda a economia nacional, que segue com dificuldades e aguarda os ajustes necessários do Governo Federal.
Fonte:http://omundoemmovimento.blogosfera.uol.com.br/2015/03/05/credito-de-consorcio-cresceu-157/

domingo, 1 de março de 2015

Tóquio é uma das cidades que menos desperdiça água no mundo

Capital do Japão dá exemplo com equipamentos simples e constante fiscalização, além do combate ao desperdício, que não passa de 2%.


Uma das cidades mais populosas do mundo consegue ser também uma das que menos desperdiçam água. O correspondente Márcio Gomes mostra o exemplo de Tóquio.
A calçada perfeita no centro de Tóquio tem um ponto ligeiramente afundado e úmido. Foi descoberto por uma equipe da companhia de água que roda a cidade buscando vazamentos.
Com equipamentos simples, eles podem localizar o desperdício debaixo do asfalto pelo som.
Em duas horas de escavação, com a preocupação de proteger o calçamento com uma lona, se encontra o problema.
A válvula, desgastada pelo tempo, jogava fora quatro litros d’água por minuto. Segundo o chefe da equipe, "É fazendo esses pequenos consertos que se consegue manter o baixo o índice de vazamentos".
Com 27 mil quilômetros de rede de distribuição, abastecendo cerca de 13 milhões de habitantes, a perda de água limpa em Tóquio é das mais baixas no mundo: 2%. Muito pouco, se comparada aos 30% de Rio e São Paulo. 
Além da constante fiscalização, é fundamental prevenir. E lá os canos muitas vezes são trocados antes que o defeito apareça.  
O Jornal Nacional acompanhou esse trabalho em uma rua residencial. A tubulação que foi retirada nesta segunda-feira (23) não apresenta uma rachadura sequer, e é possível ver: é de 1976.
A troca está sendo feita dentro de um grande programa, por canos mais novos, é claro, e também mais resistentes.
O material é o ferro fundido dúctil. E em uma terra propensa a terremotos, cada junção ganhou um reforço, uma pequena saliência que torna mais difícil a separação nas juntas.
As fotos no vídeo acima mostram um teste com um guindaste levantando os novos tubos. Eles não se rompem. Até 2023, quase 60% da cidade já estará com tubulações reforçadas.
“Com os novos canos poderemos baixar ainda mais esse índice de vazamentos", acredita um dos responsáveis pela obra.
Para os japoneses, não interessa o índice: se é desperdício, precisa ser combatido.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/02/toquio-e-uma-das-cidades-que-menos-desperdica-agua-no-mundo.html

Edição do dia 23/02/2015
23/02/2015 21h39 - Atualizado em 23/02/2015 21h39