A Conmebol anunciou em seu site oficial que multou o Real Garcilaso em US$ 12 mil (R$ 27,8 mil) pelo episódio de racismo envolvendo o volante Tinga.
A decisão foi tomada de forma colegiada pelo Tribunal Disciplinar da Conmebol, que optou por uma pena mais branda. A entidade afirmou que em caso de reincidência, o Garcilaso terá que atuar com portões fechados.
"A Conmebol reitera seu compromisso de combater qualquer forma de discriminação e atos racistas em suas competições. Reforçamos a vigilância das equipes arbitrais e dos delegados das partidas para advertir e denunciar este tipo de infração", escreveu a Conmebol na mesma nota.
Tinga, em entrevista à Rádio Bandeirantes, criticou o fato da Conmebol ter apenas multado o time peruano: "Poderia ser 100 mil dólares, 200 mil dólares. O número não vai mudar nada. Mas a punição deveria fazer o clube entrar em uma ação ou um projeto contra este tipo de atitude. Seria muito melhor fazer o clube produzir algo positivo e não negativo."
O volante do Cruzeiro, foi alvo de gestos racistas por parte da torcida do Real Garcilaso na noite de 12 de fevereiro, na derrota do time mineiro por 2 a 1 no Peru em sua estreia na Libertadores.
Na ocasião, Tinga entrou em campo no segundo tempo e, sempre quando pegava na bola, era hostilizado pelos torcedores, que faziam gestos e sons imitando macacos.
13.mar.2014 - A presidente Dilma Rousseff (c) recebeu nesta quinta-feira em Brasília o árbitro gaúcho Marcio Chagas (e) e o volante Tinga para discutir o racismo no futebol. Marcio e Tinga foram recentemente alvos de ofensas racistas durante partidas Beto Barata/Folhapress
Argentino faz três e se isola na artilharia do clássico, deixando Di Stéfano para trás. Neymar sofre pênalti e cava expulsão, Benzema marca duas vezes, e CR7 deixa um
No duelo das duplas, Messi fez a diferença. O argentino brilhou mais do que Neymar,Cristiano Ronaldo e Gareth Bale, marcou três vezes e garantiu a vitória do Barcelona por 4 a 3 sobre o Real Madrid, neste domingo, no Santiago Bernabéu, pela 29ª rodada do Campeonato Espanhol.
Iniesta abriu o placar logo aos seis minutos, em passe do argentino. Benzema chegou a balançar a rede duas vezes e virar para os merengues, mas Messi garantiu o 2 a 2 antes do intervalo. No começo do segundo tempo, CR7 deixou o Real em vantagem novamente, cobrando pênalti, em falta de Daniel Alves, mas fora da área, aos nove. Mas outras duas penalidades máximas, uma em Neymar, aos 19, quando Sergio Ramos acabou expulso, e outra em Iniesta, aos 38, foram convertidas pelo camisa 10 e garantiram os três pontos para os catalães.
Messi comemora gol do Barcelona diante de Cristiano Ronaldo: argentino brilha mais do que rival (Foto: Agência AP)
Além de desequilibrar o clássico, Messi alcançou mais duas marcas históricas. Com os gols, chegou a 21 no clássico, assumindo a artilharia isolada do histórico do confronto e deixando para trás seu compatriota Di Stéfano, ídolo merengue, com 18. Também se tornou o segundo de todos os tempos na estatística do Campeonato Espanhol. Chegou a 236, superou o mexicano Hugo Sánchez, outro ex-jogador do Real, e também do Atlético de Madrid e Rayo Vallecano, autor de 234, e ficou a 15 do recordista no quesito, Telmo Zarra, ex-Athletic Bilbao, de 1940 e 1955. De quebra, transformou o rival em sua principal vítima. Contra o adversário deste domingo, balançou a rede 21 vezes, uma a mais do que no Atlético de Madrid.
Na classificação, o Barcelona foi a 69 pontos, encostou no Real Madrid e ajudou a tirar o rival da liderança. Com os mesmos 70 pontos que os merengues está o Atlético de Madrid, também vitorioso neste domingo, diante do Bétis, e à frente por causa do primeiro critério de desempate, o confronto direto - venceu no Santiago Bernabéu e empatou no Vicente Calderón.
As duas equipes voltam a campo na quarta-feira. O Barcelona recebe o Celta de Vigo, às 16h (de Brasília), e o Real enfrenta o Sevilla, fora de casa, às 18h (de Brasília). O GloboEsporte.com transmite ambas as partidas em Tempo Real. No dia 15 de abril, os rivais têm outro confronto marcado, na final da Copa do Rei, no estádio Mestalla, em Valência.
DI MARÍA DÁ BAILE EM DANIEL ALVES
Iniesta comemora primeiro gol do clássico depois de passe de Messi (Foto: Getty Images)
Desde os primeiros minutos, o jogo foi disputado com intensidade proporcional à expectativa. O Real Madrid deixou claro em suas investidas iniciais no ataque que forçaria as jogadas pela esquerda, em cima de Daniel Alves. O Barcelona tratou de aproveitar a liberdade de Messi pelo meio e, assim, armou o primeiro lance de perigo e fez seus dois gols. Logo aos três, o argentino disparou e deu um ótimo toque rasteiro para Neymar entrar na área e concluir, mas o chute do brasileiro foi em cima do goleiro. Pouco depois, o camisa 10 voltou a acertar um lançamento, para a esquerda, descobrindo Iniesta livre. O espanhol entrou na área e soltou a bomba no ângulo oposto, abrindo o placar.
O Real manteve sua estratégia de forçar as jogadas pela esquerda e virou o placar em pouco tempo. Depois de perder duas chances dentro da área, aos 11 e 12, Benzema acertou, empatando aos 19 e fazendo 2 a 1 aos 23. Em ambos os lances, Di María fez jogada pela esquerda em cima da marcação falha de Daniel Alves e cruzou. Mascherano perdeu pelo alto nas duas e deixou o atacante francês em boas condições para marcar, primeiro de cabeça e depois dominando com a coxa e chutando forte.
Benzema enche o pé e faz o gol da virada do Real Madrid sobre o Barcelona depois de falha de Mascherano (Foto: AP)
A virada abateu o Barcelona, e o Real quase ampliou a vantagem. Aos 25, Di María superou de novo a marcação de Daniel Alves e cruzou, e mais uma vez foi Benzema que concluiu, depois de Jordi Alba e Fábregas trombarem pelo alto, confusos na marcação. Mas Piqué salvou em cima da linha.
Apesar do domínio merengue, o Barça conseguiu empatar antes do intervalo, graças de novo a Messi. Aos 41, o argentino tabelou na entrada da área e descobriu Neymar na marca do pênalti. Mal o brasileiro dominou a bola, foi desarmado por Carvajal, antes de concluir. Mas o camisa 10 pegou o rebote, superou a marcação de Sergio Ramos e chutou no canto. Na comemoração, a primeira confusão da partida. Fábregas trombou com Pepe quando ia buscar a bola na rede, o brasileiro naturalizado português foi tirar satisfações, os dois trocaram testadas e acabaram caindo. Na sequência, ambos foram punidos com cartão amarelo.
Fábregas caído para um lado, Pepe no outro, e Busquets pisando no rosto do português, enquanto Daniel Alves se estranha com Sergio Ramos diante de Jordi Alba e Marcelo: clássico quente no Santiago Bernabéu (Foto: Reuters)
PÊNALTIS E EXPULSÃO
Cristiano Ronaldo comemora gol de pênalti depois de falta sofrida por ele mesmo ao ser calçado por Daniel Alves fora da área (Foto: AP)
Apesar do castigo antes do intervalo, o Real voltou com a mesma intensidade no segundo tempo. Quase marcou aos seis, em disparada de Bale pelo meio concluída por Benzema na área, mas bem defendida por Valdés. E balançou a rede aos nove. Discreto até então, Cristiano Ronaldo pedalou para cima de Daniel Alves e, quando ia entrar na área, foi calçado por trás. O pé do brasileiro tocou no português fora, mas o árbitro marcou pênalti. O melhor do mundo cobrou bem, Valdés pulou certo, mas a bola entrou no canto direito.
A resposta do Barcelona saiu dez minutos depois, do mesmo jeito, em pênalti que pode ser considerado polêmico. Messi fez ótimo lançamento pelo meio, Neymar entrou na área e caiu ao ser tocado por Sergio Ramos, por trás, no braço e no pé. O zagueiro foi expulso, e o argentino cobrou bem também, no canto.
Neymar comemora gol com Messi: brasileiro cava expulsão e pênalti para argentino empatar (Foto: Agência EFE)
Em seguida, Ancelotti recompôs a sua defesa, trocando Benzema, autor de dois gols, por Varane. Do outro lado, Tata Martino adiou um pouco mais a substituição de Neymar, mas acabou tirando mesmo o brasileiro, aos 23, para a entrada de Pedro.
O ritmo do jogo diminuiu, com o Real segurando um pouco o ímpeto por ter um a menos em campo, e o Barça 'cozinhando' o adversário. Aos 28, Daniel Alves apareceu bem pela primeira vez na partida, acertando a trave em chute com categoria de fora da área.
Aos 38, o lance decisivo. Iniesta recebeu pela esquerda na área e, quando ia se livrar da marcação de Xabi Alonso e Carvajal, foi puxado pelo lateral. Pênalti bem marcado e convertido com precisão novamente por Messi, desta vez no ângulo esquerdo de Diego López.
Daniel Alves e Busquets abraçam Messi, com Di María e Cristiano Ronaldo cabisbaixos à frente (Foto: Getty Images)
Só deu tempo para Cristiano Ronaldo tomar um cartão amarelo, por deixar o cotovelo em disputa de bola pelo alto com Mascherano na intermediária, e o Barcelona administrar a vitória até o apito final.
Tricolor sai atrás, vira, toma mais dois gols e comemora a primeira vitória em um clássico no ano. Timbu perde chance de reassumir a liderança.
O Santa Cruz chegou por baixo e saiu por cima da Arena Pernambuco na tarde deste domingo. Eliminado da Copa do Nordeste no meio da semana pelo Sport e sem ter vencido nenhum no ano até então - três derrotas para o rival rubro-negro e um empate com o Náutico - o Tricolor começou mal o Clássico das Emoções.
Com apenas três minutos, tomou o gol. Tudo parecia conspirar contra. Só parecia. O enredo do jogo revigorou quem estava afundado. Vitória tricolor por 5 a 3. Respirou o técnico Vica, que ainda não tinha vencido nenhum clássico em Pernambuco.
O resultado levou o Santa aos mesmos 14 pontos do Náutico, que perdeu a chance de retomar a liderança, roubada pelo Sport na véspera. O Rubro-negro venceu o Porto e abriu dois pontos de vantagem em relação aos rivais, nesta reta final do Hexagonal do Segundo Turno do Campeonato Pernambucano.
Baque relâmpago e reação
O gol alvirrubro logo aos 3 minutos do primeiro tempo deu uma falsa impressão. Quando Hugo abriu o placar, a torcida alvirrubra explodiu e certamente previu uma tarde vermelha e branca na Arena Pernambuco. Oportunista, o atacante aproveitou o passe açucarado de Marcos Vinícius após boa jogada pela linha de fundo. O camisa 9 só teve trabalho de empurrar para as redes. Do lado tricolor, antes de a bola chegar em Hugo, falharam Oziel, Renan Fonseca e o goleiro Tiago Cardoso.
Renan Fonseca comemora o gol de empate tricolor (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
A reação tricolor começou aos 23 minutos. Exatos 20 minutos depois da falha no gol alvirrubro, Renan Fonseca se redimiu. O zagueiro tricolor aproveitou uma bola mal cortada pela defesa timbu e emendou de primeira. Gol. Festa em três cores. Seria apenas a primeira das três falhas decisivas da remodelada defesa do Náutico, com Jackson na lateral direita e William Alves no miolo de zaga - substitutos de Hélder Maurílio, barrado na lateral, e Luiz Alberto, que se machucou seriamente e ficará cerca de três meses afastado. O pior estava por vir para os alvirrubros.
A avalanche tricolor
Na reta final do primeiro tempo, mais dois gols do Santa. No primeiro, uma infelicidade do jovem lateral-esquerdo Izaldo. Aos 34 minutos, ele primeiro acertou a própria trave ao tentar cortar um cruzamento. A bola voltou e o camisa 6 cabeceou errado, contra a meta alvirrubra. Gol contra. Santa 2 a 1. Abalado, Izaldo acabou substituído no intervalo por Zé Mário. Antes, o Tricolor chegou ao terceiro gol com Léo Gamalho. Em boa trama do ataque, mas também em mais um vacilo da zaga timbu. Estreante da tarde, o lateral-esquerdo coral Zeca acionou Caça-Rato, que foi à linha de fundo e cruzou na medida para Léo Gamalho escorar. O sétimo gol do atacante no Pernambucano. 3 a 1.
A festa tricolor aumentou aos 6 minutos do segundo tempo. Léo Gamalho recebeu passe em profundidade e chegou na frente de William Alves para tocar com categoria na saída de Tiago Cardoso: 4 a 1. Parte da torcida do Náutico então começou a deixar a Arena Pernambuco. Não bastasse, aos 23, Carlos Alberto recebeu a bola pela esquerda e fez um carnaval na defesa alvirrubra. Que terminou com um chute seco no canto. Outro gol para denunciar a péssima atuação do sistema defensivo do Náutico: 5 a 1.
O últimos suspiros do Náutico
Quando o resultado já era irreversível, o Timbu esboçou uma reação. Dois gols em dois minutos. Aos 41, com Elicarlos, e aos 43, com William Alves. Elicarlos recebeu passe de Zé Mário e bateu rasteiro no canto. Em seguida, William, de cabeça, aproveitou cruzamento na área. Um final surpreendente para um clássico cheio de reviravoltas e elementos que o tornaram inusitado do início ao fim.
Diretoria do Tricolor admite conversar com Timão para que Pato e Jadson joguem clássico no Brasileirão. Alvinegros resistem em virtude do pagamento dos salários
Por Carlos Augusto FerrariSão Paulo
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O acordo de cavalheiros entre São Paulo e Corinthians para a não utilização de Alexandre Pato e Jadson contra os ex-clubes pode durar pouco tempo. As diretorias do Tricolor e do Timão cogitam conversar no futuro para a liberar a escalação dos jogadores nos confrontos válidos pelo Campeonato Brasileiro.
– É uma questão de sentarmos para discutir essa situação. Se os clubes acharem interessante, podemos liberar – afirmou o vice-presidente de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.
No Corinthians, diretoria e comissão técnica se dividem sobre o tema. Uma ala da direção considera que a liberação seria um equívoco, já que o clube ainda paga metade do salário de R$ 800 mil de Pato. Nem mesmo atletas das categorias de base emprestados a clubes menores conseguiram esse aval do clube em momentos anteriores.
Sem acordo, Pato e Jadson poderiam disputar clássicos no Brasileiro e Copa do Brasil (Foto: Editoria de arte)
Uma outra parte da cúpula do departamento de futebol, apoiada por integrantes da comissão técnica, entende que a autorização pode ser benéfica, principalmente pelas boas atuações de Jadson com a camisa alvinegra. O jogador foi um dos destaques do time nas últimas rodadas e virou peça-chave no esquema tático do técnico Mano Menezes.
São Paulo e Corinthians se enfrentam pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro no dia 11 de abril, no Morumbi. Na metade final do torneio, o Timão recebe o Tricolor, em 21 de setembro, no Pacaembu.
Durante as negociações, os clubes estipularam que os jogadores não poderiam enfrentar suas ex-equipes. Para quebrar o acordo, uma das partes teria de pagar uma multa. A diretoria do São Paulo não revela o valor, mas admite que ele é superior a R$ 1 milhão, como foi divulgado pelas diretorias anteriormente.
Não fosse a cláusula, Jadson tinha condições legais de atuar neste fim de semana. Em 2015, ele poderá participar do Majestoso normalmente. Já Pato ficaria fora de qualquer maneira. O jogador realizou cinco partidas pelo Timão no estadual. De acordo com o regulamento, um atleta só pode defender outra equipe na mesma competição se tiver feito apenas três duelos. No caso dele, o acordo continua valendo para o ano que vem.
Náutico toma um gol com apenas um minuto de jogo mas cosegue a recuperação
Por Lucas LiausuRecife
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A goleada do Náutico por 4 a 1 sobre o Porto, neste sábado, não só conseguiu apagar a derrota que a equipe teve para o Salgueiro na última rodada, como também para encher o técnico Lisca de satisfação. Depois de ver o seu time agonizar na última quarta-feira e ser derrotado em casa, o comandante alvirrubro exaltou a maturidade dos jogadores em Caruaru neste sábado.
Para Lisca, o poder de reação do Náutico, que levou um gol logo com um minuto de jogo, é um ponto a ser exaltado.
- Foi um jogo difícil. Saímos perdendo logo cedo porque entramos desatentos e tivemos que corrigir. Depois tivemos a maturidade e nos postamos bem. Acabamos conseguindo a vitória nos contra-ataques e administrando bem o resultado no final.
Os três pontos foram muito comemorados por Lisca por dois motivos: O primeiro deles é que o Timbu reassumiu a liderança do Campeonato Pernambucano, mas mais do que isso fez com que o Porto não consiga mais o ultrapassar e com isso é menos um concorrente para conquistar uma das quatro vagas das semifinais.
- Foi uma vitória que nos deixa bem colocados na tabela e fica muito difícil o Porto nos alcançar. Agora falta um só ficar para trás para que a gente garanta a nossa vaga entre os quatro. O mais importante é chegar às semifinais.
Lisca vê mais perto a classificação entre os quatro melhores do Pernambucano (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)